A Terra treme e eu sei o que fazer (Clube Ciência Viva)

Pelo segundo ano consecutivo, o Clube Ciência Viva desenvolveu atividades na área da sensibilização para o risco sísmico e da compreensão dos fenómenos sísmicos, dirigidas a alunos do 1º ciclo do nosso Agrupamento. O Clube disponibilizou um horário semanal onde os colegas titulares de turma do 1º ciclo foram inscrevendo as turmas. As atividades realizadas ao longo deste ano letivo foram "A Terra treme", "A casa treme",  "As ondas que fazem tremer a Terra" e "Porque teme a Terra".

Na atividade "A Terra treme", os alunos assistiram ao visionamento do filme animado didático "Quando a Terra tremer" que aborda os procedimentos a adotar antes, durante e após um sismo ou em caso de alerta de tsunami e realizaram o jogo interativo "Treme Treme" (onde levaram o "Sunami" ou a "Terramota" a adotar os procedimentos corretos a ter antes, durante e após um sismo ou durante um tsunami).

Na atividade "A casa treme", os alunos construíram "edifícios" usando diferentes materiais e testaram a sua resistência aos sismos usando as duas mesas sísmicas construídas pelo Clube para o efeito. Foram também explorados módulos interativos que permitiram aos alunos avaliar o efeito dos sismos nas construções ou que os desafiaram a reforçar a estrutura de um edifício para torná-lo mais resistente aos sismos.

Na atividade "As ondas que fazem tremer a Terra", pretendeu-se que os alunos compreendessem, de forma lúdica e divertida, o que são ondas sísmicas e como se propagam. Os pequenos geofísicos construíram e exploraram um dispositivo de propagação de ondas mecânicas, simularam a propagação de ondas sísmicas P (longitudinais) e S (transversais) usando molas espirais (slinky) de grandes dimensões e transformaram-se eles próprios em "ondas humanas" P e S que se espalharam por toda a sala.

A atividade "Porque treme a Terra" levou os alunos a questionarem-se sobre a origem dos sismos, através da realização de diversas atividades que lhes permitiram compreender a ocorrência de sismos: resolveram o puzzle das placas tectónicas, construíram modelos litosfera-astenosfera, brincaram com modelos de limites entre placas tectónicas e exploraram um modelo de ressalto elástico. Desta forma, perceberam que a superfície da Terra está dividida em grandes blocos rígidos (placas tectónicas ou litosféricas) que se movimentam lentamente sobre uma camada mais maleável (astenosfera) e que esses movimentos criam tensões entre as placas e no interior destas, originando falhas; quando a rocha atinge o seu limite de deformação, ocorre a rotura da falha e os blocos movimentam-se, libertando a energia acumulada - ocorreu um sismo!

Estas atividades, simultaneamente lúdicas, pedagógicas e divertidas, além de terem proporcionado aos alunos experiências diversificadas e significativas fora do contexto de sala de aula, pretenderam fornecer-lhes uma compreensão elementar dos fenómenos sísmicos e fomentar neles uma cidadania ativa em matéria de risco sísmico, que conduza à interiorização dos comportamentos corretos a adotar antes, durante e após a ocorrência de um sismo ou de um tsunami, de modo a minimizar os seus efeitos.