Uma equipa constituída pelos alunos de Física do 12º ano da nossa escola venceu a final do Desafio Criativo Astro Ovo que se realizou no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa, no passado dia 13 de março. Esta iniciativa, organizada pela ESERO Portugal em parceria com a Ciência Viva, pretendeu desafiar os alunos de todos os níveis de ensino a construir um sistema de aterragem de forma a garantir a aterragem de um astronauta em segurança num planeta desconhecido. Como deve ser a cápsula espacial que o transporta? Que tipo de equipamento deve ser utilizado na sua construção? E quais os custos envolvidos? São perguntas que não têm certamente uma resposta fácil, ainda mais se o astronauta em questão for... um OVO.
Embora tenha existido toda a liberdade criativa na conceção e construção do sistema de aterragem, foram critérios de seleção, no escalão em que a equipa concorreu (grupo D: alunos do ensino secundário), a queda de uma altura mínima de queda de 10m, a obrigatoriedade de utilização de um paraquedas, a casca do ovo estar intacta e o projeto ter o custo mínimo possível. Na fase de escola, os alunos realizaram um vídeo, onde demonstraram os objetivos propostos e a forma como decorreu todo o projeto, incluindo os diversos contratempos, aperfeiçoamentos e melhorias no sistema de aterragem até ao projeto final. O vídeo realizado pelo grupo foi enviado a concurso, tendo sido selecionado para a final, uma vez que ficou entre os 10 melhores projetos a nível nacional no seu escalão.
Na final, que se realizou no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa, no dia 13 de março, as equipas foram convidadas a apresentar o seu projeto e a fazer um novo um sistema de aterragem mas agora apenas com os materiais colocados à sua disposição. As equipas tiveram um tempo para projetar o seu sistema de aterragem, submeteram o seu projeto à aprovação da "equipa de engenheiros" da ESERO, "adquiriram" os materiais necessários e construíram os seus sistemas de aterragem. No final, todos os "astronautas" foram lançados em simultâneo, tendo havido alguns que não sobreviveram à queda! A equipa da nossa escola foi a grande vencedora ao ter construído o melhor sistema de aterragem (conseguiu aterrar o seu "astronauta" em segurança) com o menor custo: gastou apenas "2,2 milhões de euros". As equipas que fecharam o pódio gastaram "4,4 milhões de euros" (2º ligar) e "4,8 milhões de euros" (3º lugar).
Com a participação neste projeto, promotor da literacia científica e do gosto pela Ciência, os alunos foram incentivados a formular questões-problema, a pesquisar, a investigar e a recolher dados. Aprenderam também a planear, a programar, a criar, a resolver problemas e a pensar criticamente, projetando, construindo e ajustando algo com uma finalidade. Este projeto forneceu-lhes ainda um conhecimento mais profundo e integrador da ciência, da engenharia e da tecnologia, além de lhes ter proporcionado uma experiência de aprendizagem diferente, ativa e significativa, fora do contexto da sala de aula e fora da escola, em saudável competição com colegas de outras escolas do país.