Visita de Estudo a Aveiro e Coimbra (24 e 25 de março de 2023)

Na passada sexta-feira, dia 24, as turmas do 11º CT-AV e do 11º CT partiram numa visita à Universidade de Aveiro e à Universidade de Coimbra.

Saímos da escola às 8h15, para que pudéssemos estar em Aveiro às 10h30, a horas da nossa primeira atividade na universidade. Quando chegámos, fomos muito bem recebidos por três estudantes da universidade que nos falaram brevemente sobre a história e as ofertas da Universidade de Aveiro (UA). 

Ficámos a saber que a UA tem muita oferta de cursos, desde engenharias, à saúde, educação e diversos cursos na área das línguas. Para além da oferta de cursos, a Universidade também tem muitas parcerias, visto que a empregabilidade pós-licenciatura é um dos fatores mais importantes para a UA.

As primeiras atividades que fizemos foram no departamento de biologia, onde fomos divididos em dois grupos. Numa das atividades, falámos com um estudante de biologia que, após uma pequena introdução, nos apresentou a seguinte questão: “Será que a presença de espécies invasoras influencia a sobrevivência dos ouriços do mar?”.

Para averiguar a resposta a esta questão, observámos os gâmetas de ouriços do mar que se encontravam num aquário. Para tal, e como o sexo dos ouriços não é fácil de distinguir, realizámos um pequeno teste para que estes libertassem gâmetas, introduzimos água do mar “falsa” (feita no laboratório) na zona entre a boca do ouriço e os primeiros espinhos. De seguida deixamos que eles libertassem os gâmetas para dentro de um recipiente de vidro. Se o líquido libertado fosse de um tom alaranjado, o ouriço era fêmea, se o líquido fosse esbranquiçado, então o ouriço era macho. 

Deste modo, foi possível observar no microscópio os espermatozóides do ouriço do mar, e  visto que nenhum dos ouriços era fêmea, não foi possível observar os gâmetas das fêmeas. Por último, foi-nos explicado que a presença de espécies invasoras, como algas e peixes, de facto, tem vindo a afetar a sobrevivência dos ouriços do mar presentes na costa portuguesa. O número de espécies identificadas como invasoras em Portugal tem aumentado rapidamente, sendo algumas destas, espécies que se reproduzem depressa. Este problema afeta, a grande velocidade, a fauna das águas portuguesas e tem-se revelado urgente a descoberta de soluções. 

A outra atividade consistiu em perceber o impacto que a presença de microplásticos nos rios e estuários em Portugal tem na sobrevivência das Poliquetas. 

Duas alunas de mestrado explicaram que as Poliquetas pertencem à classe de Anelídeos e que vivem em ambiente marinho, doce e salgado e que são sensíveis a mudanças no seu ambiente.

Nesta atividade, tínhamos um recipiente com duas poliquetas em água e outro recipiente com areia e água. Adicionamos as poliquetas ao recipiente com areia e cronometramos o tempo que estas levaram a se esconder na areia. 

Depois destas atividades no âmbito da Biologia, demos uma volta ao campus e a nossa guia e estudante Madalena falou-nos mais acerca de cada edifício. Após esta visita pelo campus, almoçamos na cantina da universidade. 

Durante a tarde, realizamos mais duas atividades, na área da engenharia ambiental. Na primeira foi-nos apresentado o conceito de “Nature based solutions (NBS)”, soluções para melhorar o estado atual do nosso planeta e combater as alterações climáticas, sempre tendo como base o poder da natureza. Analisamos várias hipóteses de NBSs que fossem benéficas para diferentes cidades, como “green parking” e “green roofs”. Apenas foi possível escolher as NBSs mais indicadas para cada cidade porque utilizamos um simulador criado pelos estudantes do curso.

A segunda e última atividade do dia foi sobre a aplicação direta da engenharia ambiental na nossa vida, falámos com dois estudantes de doutoramento do curso que nos explicaram como, através de um túnel de vento, conseguem simular, numa sala da universidade,  situações climáticas que ocorrem na vida real, e deste modo é possível chegar a conclusões de como devem ser construídas infraestruturas para que resistam a diversas condições ambientais. 

Para acabar o dia, fomos visitar o centro da cidade e obviamente que parámos para provar os típicos ovos moles de Aveiro. Jantamos na cantina da universidade e ficámos muito bem instalados na pousada da juventude de Aveiro.

Mariana Lage

No sábado, dia 25, saímos da pousada e dirigimo-nos a Coimbra.

Quando chegámos, visitámos o terreiro do Paço das Escolas e encontrámos um estudante (um ex-aluno da nossa Escola) que nos falou de algumas curiosidades sobre a Torre da Universidade de Coimbra e sobre a própria cidade.

Depois fomos até ao jardim botânico e demos uma volta no Parque Verde do Mondego.

Na hora do almoço fomos de autocarro até ao Fórum Coimbra. Às 13:55 encontrámo-nos todos à entrada e fomos para o autocarro.

Carolina Pereira

A Visita de Estudo foi organizada pelos professores de Físico-Química. Acompanharam os alunos a Professora Alda Ceia e os professores Idalino Faísca e Carlos Vinhais. 

Carlos Vinhais